segunda-feira, 28 de maio de 2007

Estudantes e trabalhadores ocupam a Reitoria da Universidade Federal de Alagoas

Nesta quinta-feira, dia 24 de Maio de 2007, estudantes da Frente Estadual de Luta Contra a Reforma Universitária, em conjunto com os trabalhadores sem-teto do Movimento Terra e Liberdade (MTL) ocuparam a reitoria da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Depois de uma semana de mobilização que contou com panfletagem, liberação do bandejão do Restaurante Universitário, bloqueio da BR104 - em frente à UFAL - com participação de sindicatos e tribos indígenas, a Frente se uniu com o MTL em protesto contra a privatização da universidade, empreendida pelo Governo Federal de Lula e pela reitoria de Ana Dayse Resende, respectivamente a nível nacional e local.

As políticas internas da UFAL se colocam a serviço do setor sucro-alcooleiro, um dos maiores responsáveis pela miséria no estado. Enquanto isso, a assistência estudantil é deixada de lado. Tendo a compreensão de que a universidade deve estar a serviço da classe trabalhadora, os cerca de 150 ocupantes exigem que a deliberação do Conselho Superior Universitário (CONSUNI) que criou uma Escola Agrotécnica de Agricultura Familiar e formou um Grupo de Trabalho (GT) com a participação dos movimentos sociais campesinos, seja efetivada, tendo em vista que a reitoria ainda não iniciou esse processo, assim como defendem uma cota de 50% para os movimentos.

Na greve que ocorreu em 2005, o Comando de Mobilização Estudantil da universidade ocupou a reitoria durante 19 dias até que a reitoria assinou um compromisso perante a Justiça Federal no qual a mesma se comprometia em acabar com as taxas acadêmicas de graduação e ampliar em 300 vagas o número de comensais no restaurante universitário até junho de 2006. No entanto, segundo o movimento, a reitoria não cumpriu o acordo.

Além das questões apontadas, os ocupantes exigem da reitoria um posicionamento contrário ao decreto nº6.736 do prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), que restringe a meia-passagem estudantil apenas para o horário de aula, assim como que a administração da UFAL se coloque contra qualquer medida que limite esse direito, visto que a permanência na educação pública e gratuita passa pelo seu acesso.

A Frente de Luta Contra a Reforma Universitária de Alagoas defende também a ampliação da assistência estudantil, a inclusão dos movimentos sociais no Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), o fim dos cursos pagos e são contra a Reforma Universitária do Governo Lula. Ao mesmo tempo, os participantes prestam solidariedade às ocupações da USP, UNESP e UNICAMP.

Pré-Coletivo CMI Maceió

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